uma mesa giratória no canto da sala água-marinha
um pássaro de plumas marfim escuta estático a voz de falso tenor do piso inferior
açaimada aos anos percorridos no breu pela velha estatueta de bronze
está a boneca de trapos com o sorriso aberto à brisa que vem do rio
a senhora idosa tão inclinada e absorta
fareja a tiritar o local do crime original
sem a remissão de bula expiatória por discordância com a divindade irada
a grandeza melancólica dos espíritos peregrinos
eternos descobridores da maresia silenciosa e retráctil
assola as horas tão vastas como lendas conspícuas
os vales verdejantes enegreceram
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