não o vislumbrava na noite erma os cepos de oliveira esvaíam-se na lareira do quarto em ais de ligeiros estalidos
não o sentia não o pressentia no ar quente do segredo guardado pela origem de tudo nem sequer o intuía
a voz dela acalmou as inquietações e ficou por ali a pairar nos reposteiros carmim do seu corpo longínquo não se lembrava não o recordava nas faces rosadas da memória
ah quem esquece um corpo não é digno de o amar
o lume extingue-se paulatinamente
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