sexta-feira, 28 de junho de 2013

418. NÃO TENHO NOTÍCIAS TUAS





depósito velho e gasto inundado de estrelas do anoitecer
o trem avança vagarosamente em painéis de azulejos azul-pálido

ruínas de casas onde o amor dormiu em camas de ferro e colchões de palha
no sono das crianças embaladas pelo ritmo seco das molas desgastadas

as telhas roçam as silvas das paredes

não tenho notícias tuas

ramos de árvores quebram com o peso do gelo em coração petrificado
branco como o teu corpo
para sempre ausente




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