a noite é um convite ao banquete contemplativo
busco a noite escura de joão da cruz sem que a invente
não consigo fugir de mim nem ir ao encontro dos outros
as ruas desertas arrefecem numa chuva de dedos de areia
os sonhos arrastam-se pelas casas sonolentas provocando a madrugada dos desejos
que entram sem convocação no requiem das estrelas silentes
na pequena moradia do beco o ar rarefaz-se em bocejos
cor pálida e sombria da peste
a infectar a solidão do poema
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