sexta-feira, 28 de junho de 2013

406. DOCE NEGRITUDE





doces olhos
doce negritude
a tua pele é uma túnica de pedra escura
teu corpo pináculo de catedral
teus seios o portal do desejo vivo e quente
tua boca gerada da matéria mais pura
é o alimento que verto no sal do meu ventre
em ti penso
e eternamente me contento
num presente que não é tempo



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