sexta-feira, 28 de junho de 2013

387. ALMA QUE SANGRA





alma que sangra
empobrece

o lago esconde-se na pedra negra que os construtores    rejeitaram
o céu derrama nuvens não profanadas
com dedos de pétalas a apontar graciosamente a lua que hoje é nova
e pena sem remédio

de quem é aquele castelo nos confins da tua voz? 
de quem é o eco sem fim?
que matronas vagueiam nas ameias que confirmam o trono de medusas?
de quem é o olhar verde que se desvia do abismo da matança dos inocentes?


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