na pradaria um bisonte desgarrado juba luxuriante
barba exuberante
ombros altos como possante homem das estepes nas omoplatas armas letais
afastara-se da manada apesar de ser macho dominante
o mundo a seus pés
cavalo branco seguia-o nas terras de caça
afastando-se do acampamento de verão
na tenda
à porta
triste e sofrida
sua amante
ave vermelha
esperava
o búfalo alado voava
cavalo branco
esgotado
passaram-se anos anos após anos a cavalgar em manta gasta
numa mão a imagem do bisonte
na outra a da amante
fora vencido
queria voltar
ao lume dócil de sua tenda
braços de sua amada
nunca conseguiu encontrar o caminho de regresso
morreria de saudade a florescer no coração
com ave vermelha a definhar em choro de dor
já não era cavalo branco
o grande guerreiro
o caçador
seria eternamente
saudades de amor
e seu nome
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