ficou o gosto de orvalho do nenúfar
a garganta entorpece-se com o jasmim
não tanto como com o cetim que a envolve e corrompe
libertem-se laringes sons orquestrais de um canto circular
liras de oiro fendidas por quem ninguém ousa clamar
vinde lentas e presunçosas doidas airosas esguias
soltas descondicionadas apaixonadas livres
saudar o novo homem o novo dia
com licença abram-se os caminhos
encerrem-se destinos
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