sonhei
que te dava
em branco
este caderno
ferruginoso
onde escrevo
dar-te-ia com ele
as mãos do olvido
em desabrigo
as memórias do esquecimento
cor de verbena
assombrada
ao sol claro
de primavera
quimera
de poema solitário
nos versos de ninguém
o mar morreu
não tem espuma
nem ondas
nem marés
morreram-lhe as lágrimas
salgadas
este caderno
afinal
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