na gare deslizam incógnitos os passos do homem-azul
no gasto banco da esperança um sem-abrigo sorve o resto do resto de um cigarro
enquanto indiferente olha as pernas delgadas da jovem cor-de-rosa
uma mulher carregada por duas malas adverte as crianças sujas não se afastem
os olhos brilhantes de uma menina fitam-me
abstraída dos passageiros de limpo vestidos por cima da alma de esterco
corações defecados na viagem da vida
adivinhará o que penso o que sinto
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