mais um velho
da minha aldeia
foi hoje a sepultar
o cemitério apinhado de membros desfeitos nas recordações perdidas
as campas graníticas
descarnadas
sorvem as lágrimas da saudade
aqui e ali
os idiotas que pouco ou nada aprendem com a morte e com o silêncio da morada derradeira
visitam os túmulos frios da madrugada
solenemente beijada pelo orvalho sangrento
deixando neles o pranto da hipocrisia
água de pérfidas faces sulcadas pelo remorso
água que não lava nem alivia o jugo do pecado
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