aquele que é filho da terra e dos mares
é o vivente
o estio do chapéu-de-chuva do inverno glacial
de largos gestos estreitados ao peito de mutilada estátua cinzenta
fruto doirado a assistir insensível
à infinita mascarada das horas profundas
depositadas em astros incandescentes
nascidos dos ulmeiros da infância
cingida por palavras anos-luz
anunciadas por sino velho e rouco
engasgado pelo catarro húmido e irritante do relógio da torre
enquanto isso
a alma sangra numa folha azul
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