sábado, 22 de junho de 2013

245. NA CASA CAIADA





na casa caiada
branca
ainda amarelada
pela linhaça
há uma luz que se acende

e aquela gente
(não sei sequer quem são)
talvez estejam a rezar
nos últimos tições
do borralho de cobre
(penso)
da pequena saleta de inverno
protegendo-se do inferno
que na missa do galo
devem ter ouvido pregar
esquecendo-se que o céu
está moldado a estrelas
e é no mar ao crepúsculo



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