promessas de amor
em corações perdidos
palavras vis
na penumbra de mãos amigas
tanto para dar
nada para arrecadar
o leito perfumado
velas incendiadas
camisa de cetim bordada
toalha de linho
à cabeceira
e palavras ingénuas
na frescura
de um sorriso
dias de pranto
dias do mal
a medir os erros
que se esquecem
nas frases
escritas em ramos de cedro
que lume irá queimar
canas aos céus rondam
o sepulcro
com arcos flechas
e trevo florido
onde os veados correm
fugindo ao olhar
estertor
esmagado pelo peso
dessa dor
que na morte
é forte
morte-recompensa
de quem tristeza ganha
e infelicidade
não pode mudar
promessas vãs
em magra vida
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