lembro-me dela
pequena
frágil
magra
negra de luto
à imagem do mundo
caminhando sem pisar
o pó dos caminhos
lembro-me dela
de olhar vivo e profundo
no escarpado e longo pesar
na face
a beleza do granito
por deuses esculpido
no corpo
o aroma do pinho
na voz
a melodia do estorninho
a inebriar o vento
tão atento
da fraga do barroco
num amar lento e seco
a perder de ver
de quem espera a morte em segredo
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