terça-feira, 18 de junho de 2013

199. AS VOLTAS DA INSÓNIA





demando a minha alma nas voltas da insónia
o balde não alcança a água do poço sedento
onde o sol não penetra

há pequenas flores amarelas e ervas nas paredes
gotas de orvalho teimam em percorrer a corda agora tensa

o perfume da erva molhada invade o meu cérebro
dando notícias da alegria primaveril de prados e jardins
de giestas e estevas

da minha alma
nada

adormeço na superfície espelhada a trevas


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