não há quem não tenha sabido as dores do amor
amor-palavras de pálpebras cerradas nas olheiras arroxeadas
amor que morre de fome e sede
às portas do templo
véu rasgado por juramento de condenados
e mulheres púrpura
ajoelhadas na velha religião
das dactilógrafas extintas
há pássaros em gaiolas pintadas a oiro marroquino
há uma infinitude de d. juans com cheiro a varão
nas carícias de outono
nos ardis das noites quentes de verão
há cortejos de prostitutas
há uma branca de neve em cada mulher da vida
há cortesãs nas mulheres-família
e ainda o cio de mosteiros e conventos
mentira de tudo isto e o sorriso acre e misterioso do falso cego e do seu macaco no ombro cinzento
http://www.homeoesp.org/livros_online.html
http://www.homeoesp.org/livros_online.html
Sem comentários:
Enviar um comentário