terça-feira, 3 de junho de 2014

692. O SENHOR DOS MARES




brilha a paisagem ao remontar do mensageiro     o pescador de búzios     a rede enreda-se nele     pára     demora-se como navio de temerários a costurar destinos elípticos     semicírculos de águas frias nas montanhas circunspectas     portas entreabertas aos leitos desfeitos por magalhães conduzidos ao chapinhar nocturno das raízes do medo     vão mais de cem e voltam pouco mais de dez sem paixão e com esperança
assim respeita a vida de velhos mareantes o senhor dos mares





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