segunda-feira, 2 de junho de 2014

669. SEXO OUTONAL




máscara que sorri na caçada às fêmeas evisceradas

o canto das estrelas ilumina os caçadores furtivos     a cauda de um cão no giestal     o silvado impenetrável

amiga quanto vale o teu peso se penetrar o meu corpo sedento e amarelecer a minha alma?
como o sol se retira para os esconderijos da noite assim te retiraste tu

num corcel enfurecido iludi a existência do amor     ah os fantoches do sexo outonal

brindámos com as taças vazias antes de adormecer no ventre do peixe
e reunimos com a exactidão possível as sílabas verdadeiras que o pai dos vinhedos espoldrados nos doou em tempos imemoriais
plumagem maculada do amor fazer





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