na praça apinhada de asnos
desse judas o olhar cerrado
os teus em súplica abertos
geme o coração destroçado
à infame e vil tortura
a que vais ser sujeito
tu nobre e fera criatura
com a mágoa no peito
boca com boca no falso amor
beijo no próprio beijo
contrafeito
a olvidar o que em ti é pura
dor
vil estirpe em que tudo é
imperfeito
vos esconjuro miseráveis
humanos
nesta noite de perpétua
escuridão
raça que ao mundo só causa danos
a ignorar a essência da compaixão
muitos são os animais ferozes
ou brandos
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