segunda-feira, 2 de junho de 2014

637. ALFARELOS




o céu acinzenta-se

nuvens altas matizam o tecto do mundo
em terra uma amálgama de árvores e mato

alguns pinheiros curvam-se à moléstia
    
uma povoação     casas amontoadas com cores garridas     algumas por rebocar
apenas a igreja se destaca     haverá alguém a rezar?

choupos solitários num ribeiro sujo
campos lavrados e por lavrar

na casa velha da colina deve estar um lavrador
alfarelos     pouco gente     quem sabe
o lavrador que empobrece alegremente





Sem comentários:

Enviar um comentário