segunda-feira, 2 de junho de 2014

667. FÊMEAS VERDEJANTES




sussurram as folhas nas horas amotinadas

no monte branco a carne da virgem sem mastro rastejava ofegante
sonho incerto de vaso santo
penetrado por misterioso florescer

onde haveria de esconder o juvenil tesoiro
quando as moscas zunem sobre a penugem claramente visível

soam três badaladas na pradaria desolada

um rio orgulhoso despedaça-se nos rochedos da nudez

melífluo aguaceiro de fêmeas verdejantes





Sem comentários:

Enviar um comentário