segunda-feira, 2 de junho de 2014

639. SANTO AMARO DE OEIRAS




raios de sol reflectidos na mansidão das águas virulentas

um homem de enormes sobrancelhas coça o nariz

três jovens sorriem à voz esganiçada de uma varina     

algés

no outono esfria o tempo

uma mulher mostra os seios     provocatório decote

as pedras dos molhes parecem gemer em uníssono enquanto a brisa de sueste me roça a face

sozinho na multidão espúria     corpos sem espírito     
vida que é morte     poeiras da incúria      vida só a é a eterna na perpetuidade do momento

olho para dentro de mim     explosão     movimento

santo amaro de oeiras





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