sábado, 17 de agosto de 2013

549. TEU CORPO REGOZIJA-SE NO MEU





teu corpo regozija-se no meu
em longas penetrações seguidas
noite a violar os vales de breu
com tuas coxas ainda húmidas

amante sem sono e fadiga num assim
libidinoso movimento de sublime anseio
algo que não se cria foi nascido em mim
no dia em que minha alma ao mundo veio

encontrar-te foi apenas a consumação
arrebatamento de águia em volteio
que ao aterrar de suas garras fez mão
e do bico adunco delícia do meio

quando te tenho com sofreguidão te amo
se partes fica-me o corpo na alma vazia
a latejar a sombria imagem de orgasmo
que não vem nem na noite nem no dia

morre a jornada com o sol-pôr da esperança
morre minha carne nesta terrível indiferença


http://www.homeoesp.org/livros_online.html



4 comentários:

  1. Pois, a rima , a rima... Mas não pense numa palavra alternativa porque então seria pior a emenda que o soneto.

    Full Moon ( Who needs Sunshine!)

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  2. Obviamente

    e como o povo diz

    "nem tudo o que rima é oiro"
    será o povo?...

    Cumprimentos.

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  3. 2nd attempt...and nothing to be seen!

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