domingo, 1 de setembro de 2013

562. MAR SEM FIM





não há terra
as montanhas foram engolidas pelo último dos homens ingovernáveis

mar sem fim 
voz doce de encantar
que albergas as sereias das noites de insónia

o deus do lar está ausente

saúdo o sol que nasce na curva do horizonte
tristeza que se confunde com a estrela da manhã

lá longe tanta é a gente

num laranjal três virgens
testemunhos da volta de mar

ventos erécteis abraçam-se ao luar
purpúreas rosas em veloz esteira
luto da chuva de primavera
nau que dormita em melodia do eterno-minuto

enquanto na costa arriba com monotonia
velame que o diabo carrega


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