domingo, 1 de setembro de 2013

561. NÃO CUIDO DE TE AMAR





não cuido de te amar

as ameixas caem onde se cruzam as veredas
tapeçaria lustrosa de vegetal verde-vivo

apaziguada a ira revelada     profecia envolta de lismos
recompensas do outro mundo
bronze que ressoa no ventre do verbo

não vemos as mesmas estrelas
não desprendem as flores o mesmo olor

separámos corpos 
num campo ceifado por estrelas de verão

doce é o aguaceiro de meu coração


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