quinta-feira, 9 de outubro de 2014

800. NÃO HÁ NADA QUE EU NÃO QUEIRA



o vácuo das razões      a violência dos instintos      a espada que te trespassa 
eis o fogo da noite na fissura dos tempos
em toda a parte o centro do amplexo dos corpos      em toda a parte e em parte nenhuma
o espelho convexo
os dedos na tua boca      morde-os louca
morde a almofada de cristal abafando sons roucos      uivos de gozo imperceptíveis      a cabeça na cabeceira
não há nada que eu não queira





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