sábado, 11 de outubro de 2014

801. NA TUA BOCA ROSADA



tudo é terra      os cabelos negros sobre os ombros      as contracções das coxas no pénis que te invade      o gozo das veias      a vertigem do flanco rasgado      a maresia do anseio e o teu cheiro que sobe pelos dedos acidulados
bebo-te
e nado no teu seio
invoco da vitória
o suco do clitóris
e da vagina
o doce suor
a pouco e pouco incendeio o dossel      ateio o fogo aos sulcos de lava      enterro no teu corpo o punhal de esmeraldas que deus me deu
enfeito-te de grinaldas      são flores brancas
adormeço como a antiga criança no laranjal      na tua boca rosada





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