sábado, 11 de outubro de 2014

837. NOS UMBRAIS DA TUA BOCA



verdes olhos da mestiçagem

mãos renascidas ao medo da aragem

espectros famélicos da puberdade

longe de ti
das florestas tropicais
onde pássaros azuis esvoaçam
e multiplicam
a beleza da criação

lembro o dia à beira do lago        os limos acesos na névoa que branda descia sobre as quietas esmeraldas aquáticas        devastação do prazer
o sufoco febril
na agonia do amor
a morrer
nos umbrais da tua boca





Sem comentários:

Enviar um comentário