sábado, 11 de outubro de 2014

815. DA TUA BOCA



da tua boca
nascem golfadas de azul
um azul tão macio
que é vício
no ofício da arte de amar

o pulso dos dias
estagna nas tuas pernas redondas

os gemidos do quarto
afogam os orgasmos

e nessa febre salivada
há um mar imenso
tão meigo   desordenado   despido
que ao grito do prazer
se queda no tempo
estagnado





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