quarta-feira, 8 de outubro de 2014

756. DESPE A CARNE E ABRE A ALMA



tira a blusa
a saia
tudo o que tapa
o silêncio do fruto

despe a carne
abre a alma
fende o espírito
rasga o vestido

desce a boca
ao ventre do vento
geme louca
na chama do momento

o corpo é uma rosa
por anjos vivido
tua língua uma asa

que me colhe o membro
onde tudo tem sentido
o que é
o que será
e até
o que já não lembro





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