quinta-feira, 26 de novembro de 2015

988 - MORADA TEMPORÁRIA



espero paciente o amanhecer desfolhado da razão para depois adormecer        os dedos gelam soterrados nas cobertas devoradas pela noite      escrevo sobre o obscurantismo      espinhosa tarefa de quem calcorreia os dias na sombra das janelas abertas à superstição dos rostos afogueados pela palidez da alma        altero o rumo no turbilhão das ideias que despontam nas floreiras várias e digo às vestes envelhecidas pela náusea um adeus definhado e amarelecido
nesta morada temporária secaram todos os detalhes ânsias e virtudes      dispersaram-se os momentos no vómito bilioso das íngremes e letais circunstâncias




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