sábado, 11 de outubro de 2014

848. DE TI TUDO TENHO E NADA ENTENDO



mão que vacila e paralisa no veludo desse corpo nu
a voz crepita no gemido da tua cintura
na penumbra prossigo
quebro o elo da tua entrega
avanço animal feroz na prisão de teu vestido
o delírio abrasa-me a alma
queima o espírito
e porta a porta   vez à vez
de ti tudo tenho
e já nada entendo





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