quarta-feira, 8 de outubro de 2014

783. O BRAMIDO DA PALAVRA AMAR



o cheiro da terra molhada
na erva que rebenta

árvores que se beijam
pela brisa de oeste agitadas

um ribeiro nascente
espalha-se na encosta
e contempla a poente
as serras nuas      desertas de gente

aproximamo-nos num olhar
as mãos deslizam para o sexo
roupas espalhadas no giestal

rígido e erecto penetro
na gruta do amplexo
o bramido da palavra amar





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