quarta-feira, 8 de outubro de 2014

779. SEGREDOS DA INFÂNCIA



o amor que tenho quando te possuo é diferente do que te tenho na ausência        as memórias de menina nos ciprestes avisados       nos muros caiados do coração a tua voz        aceito o gozo da solidão do corpo que contra o meu estreito        perdida a hora aperto-te devorador o seio no peito vazio        espero que a saliva percorra o labirinto orgíaco da tua face plana        vê        a caixa de madeira pintada onde guardámos os segredos da infância
simples te penetro à luz do dia



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