quarta-feira, 8 de outubro de 2014

768. NA ÚLTIMA ERECÇÃO



esperma
de bronze
a fenda dividida
hálito de vidro
a crescer no ventre
húmido      esculpido
a língua
no joelho
o odor 
do desejo
artelho desfolhado
hálito 
que invade
o umbigo
o céu da boca
lambido     bebido
revolto
como mar
em perigo
sede de paixão
que se deita
se despe
se consome
e perece ao nascer do dia
na última erecção





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