sábado, 15 de junho de 2013

43. CORPOS À VENDA





experimentámos sílabas
o sentido rude da enarmonia
convexa  

cais das ambições desmesuradas

o amor corrediço

joguemos como amantes nascentes
os corpos suados lânguidos ausentes
do palco sombreado em leito de açucenas 

há uma ponte entre nós     um abismo enlameado pela apoteose vibrante dos sexos     mórbida apetência da carne

a lua arde e o sol no outro lado da terra desespera
diz-me flor qual é teu nome     não corras gazela faminta

os corpos estão à venda
hoje
domingo



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