segunda-feira, 17 de junho de 2013

127. NADO-MORTO





morreu quando nasceu
feliz

alegria de noiva sepultada
esperança de noivo
por desposar

no rosto da tristeza
que olhares não deita
aos lagos verdes
de algas bonançosas
não brilhou a lua
e o regato calou
o som das luzes 
em floração

as árvores não o viram
faixa a ressumar sangue
e ele nado-morto 
o pai não viu
repousar
com cruz aos pés



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