domingo, 16 de junho de 2013

113. EU NÃO SOU DESTE MUNDO





hinos de atribulação açoitam os ares

trago comigo o meu endereço
eu não sou deste mundo

o mais mítico de todos os homens
aquele que devaneia na imobilidade da carne
encontrar-me-á na sórdida imundície da existência 

juntos combateremos na direcção da morte
até que o pélago transborde de agiotas
onzeneiros bifrontes filhos-candongueiros de um povo propício e idiota por destinação 
  
haveremos de reunir ainda que tardiamente todo o meu sangue até que tudo fique límpido e amavioso
como espelho ao sol doloridamente nascente
em vítreo luzeiro resplendente


http://www.homeoesp.org/livros_online.html



Sem comentários:

Enviar um comentário