hinos de atribulação açoitam os ares
trago comigo o meu endereço
eu não sou deste mundo
o mais mítico de todos os homens
aquele que devaneia na imobilidade da carne
encontrar-me-á na sórdida imundície da existência
juntos combateremos na direcção da morte
até que o pélago transborde de agiotas
onzeneiros bifrontes filhos-candongueiros de um povo propício e idiota por destinação
haveremos de reunir ainda que tardiamente todo o meu sangue até que tudo fique límpido e amavioso
como espelho ao sol doloridamente nascente
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