o quarto tem o odor das florestas queimadas o mobiliário delirante envolve-nos transforma-nos e suga-nos para o inferno de saliva ensanguentada somos animais ferozes em desacato no gozo pleno dos espasmos alagados fendemos o silêncio temível dos dedos encrespados as pernas em leque os joelhos dobrados
ah os desejos tão desejosos tão desejados
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