estou aqui neste mundo pardo
obrigado a amor fazer operário do sexo a arar campos ressequidos
a boca atola-se na terra que queima as paredes do quarto rústico
as tuas pernas nas minhas
um sorriso uiva no papel amarelecido desfeito em lágrimas de esperma
não posso dizer não não posso
negar-te o músculo que me entrega o destino fatal
irrevogável é a vereda deste pobre mortal
perdido nas horas
espasmo após espasmo
construo no hábito
a ilusão do amor
e grito
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