quarta-feira, 8 de outubro de 2014

757. DE LADO



lá fora o silêncio rumoroso dos que já não amam        vagueio pelos intermináveis corredores do quarto e transformo a sede do deserto tumefacto em aprazimento      o teu corpo é feito de musgo como as catedrais que fundem a volúpia dos ventres nas cúpulas ancestrais      nas mais profundas grutas tenho-te e não te tenho      pouco é o que vejo      nado na sombra do teu vaso  
de lado





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