terça-feira, 7 de outubro de 2014

708. A PAIXÃO TAMBÉM MATA



naquela tarde
sequiosa
fizemos amor 
nas margens
arenosas
do ribeiro

tudo fizemos
já que amar
tudo consente
sem pecar

lavámo-nos
em águas
gélidas
e de costas voltadas
jurámos
mão na mão

o que fazer 
nos faltava

a separação

porque a paixão
também mata





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