terça-feira, 3 de junho de 2014

688. NAU COMIDA PELO MAR




heras no jardim envolviam os narcisos
séculos medidos pelo respeitável carvalho velho
no banco do lago a angústia das vestes apodrecidas na espera da nau comida pelo mar
viver sombrio da amada
o rio das ausências junto à mansão agora em ruínas
o salão vazio e o quarto desmembrado pela insónia centenária
na cadeira de estilo bárbaro o corpete de mil e uma volúpias
naquele breve olhar vimos nítidos os fantasmas de séculos
o desalento e padecimento eternos





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