segunda-feira, 2 de junho de 2014

640. OS SEIS SENTIDOS




a noite vem     o tempo passa     arrasta-se
o meu olhar demora-se no candelabro de cem velas

esta interioridade basta-me     de nada nem ninguém alimento saudade
como poderei ter saudades quando abarco o mundo no meu sôfrego engenho 

duas doutrinas ancestrais aos pés da cama     desprezo-as

uma estranha vibração percorre os meus tecidos
o aposento aquieta-se     eu sou aquele que sou
pouco mais para além dos seis sentidos





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