quarta-feira, 25 de setembro de 2013

599. BEIJO-TE





na sala decorada a dragões
o corpo nu à luz das velas

ao longe as montanhas para onde voam as andorinhas na primavera

o sino do templo toca

o rio corre lentamente     espelho que reflecte a velhice

deuses repousam nas almofadas que bordaste nas noites de insónia

leio um dos teus poemas
triste é o amor que dele exala     a visitação da morte nas folhas da acácia e a chuva que faz brilhar as pérolas da vida que se extingue animam-no

o encontro é receoso




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