quarta-feira, 25 de setembro de 2013

596. DESÇO AO MEU INFERNO





desço ao meu inferno
baía da meia-lua onde as folhas das faias murmuram
estrelas nas entranhas rasgadas pela espada do amante visionário

o mensageiro que os deuses enviaram na beleza da mulher     palavra mágica em canção incompleta     

quem não sabe amar não merece viver

a trova de um grilo na doçura de outrora
uma víbora assobia no monte farvão
no mosteiro amontoam-se mágoas     sempre que uma folha cai do plátano no pátio enegrecido deus chora

mãos invisíveis tocam os meus parcos cabelos
e eu adormeço
sem pensar se vale a pena ou não acordar mais logo


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