quarta-feira, 25 de setembro de 2013

593. HOJE TENHO-ME A MIM





as velas tremulam no quarto silencioso
chamas que abrasam o mundo

o pequeno transforma-se no grande
limite natural ao pudor do desejo

uma alma que se abre no denso bosquete
tesoiros não trazem paz

guarda esse beijo     essas carícias
hoje tenho-me a mim
príncipe sereno do deleite
tempo medido pela ampulheta vaga 
na sobriedade de meu pobre quarto


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