o homem tinha as mãos crispadas de lume ao colo
perguntava-se como búzio que pergunta ao mar
o som ao eco
o peixe ao pântano
a nortada às raposas vermelhas da estepe
que laço o prendia aos dias
a manhã clara acocorada num carro de prata entrava pela fresta da porta dos medos
o corvo de bico lilás aninhava-se na pele de uma cobra de água tépida
eva devorou no coração exausto de adão a serpente do arroubamento
desviver?
o som profano das pastagens e a choupana de invisível sombra chamam-no
o céu azul de domingo de ramos na noite em que as virgens se transformam em folhas imortais clama
pela mesa de fogo curvada e rodeada de corpos negros como tições a apodrecer nos versos antigos do aparador da casa grande da aldeia que
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