estava nua naquele bosque sombrio
ave imersa nos carvalhos negrais de luz coada
um sabre percorria o húmus
passos de soldado na bruma aquecida
olharam-na indiferentes
o sangue palpitava nos destroços
um generoso abeto tapou-lhe o sexo
os cabelos entrançados ganharam raízes na profundidade virginal
e os seios retalhados amamentavam filhotes órfãos de chacais
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